Os benefícios do azeite de oliva

23 mar

 

Há quem diga que o melhor tempero é o azeite de oliva.

Você pode não concordar, mas ele sempre está em cena, seja como tempero, para cozinhar, conservar e até mesmo fritar, pois é a única gordura que não modifica sua estrutura quando submetida a uma temperatura de 180ºC. E de vez em quando aparece até fora da gastronomia, em tratamentos de beleza.

O fato é que o azeite tem presença garantida na cozinha. Ele dá sabor, ressalta os aromas e potencializa a cor. Até melhora as texturas e enobrece qualquer receita.

Mas na hora de combinar o azeite com o prato, é preciso estar atento. Azeites de sabores mais intensos podem facilmente anular um alimento de sabor delicado, assim como azeites leves passam despercebidos em pratos estruturados, de sabor forte.

Elemento nobre e indispensável na dieta mediterrânea, é conhecido mundialmente pelos benefícios relacionados à saúde. Além disso, reduz o colesterol e ajuda a prevenir as doenças cardiovasculares,  devido ao seu alto teor de ácidos monoinsaturados; ajuda a prevenir a arteriosclerose e seus riscos e melhora o funcionamento do estômago e do pâncreas.

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O vinho e a saúde da mulher (de todas as idades!)

6 jan

Hoje eu convidei o Dr. Jairo Monson de Souza Filho, médico cardiologista e estudioso dos efeitos do vinho para a saúde.
O texto é tão bom que transcrevo-o na íntegra, para que todos possam descobrir as maravilhas e os benefícios do vinho tinto para a saúde. Depois de terminar a leitura, garanto que todos vão ficar muito felizes!

Boa leitura!

O VINHO E A SAÚDE DA MULHER

 Jairo Monson de Souza Filho

jairo@monson.med.br

O vinho é um alimento que foi concebido pelos deuses para enaltecer a saúde, a beleza e o espírito da mulher. Nenhum alimento é mais apropriado a virtuose feminina que o vinho.

Bacco, com seu divino saber, criou o vinho, esse néctar que além de alegrar o espírito, enaltecer a alma e alimentar o corpo traz benefícios para a saúde. Todas as virtudes terapêuticas do vinho para os homens beneficiam também as mulheres. Mas nada mais justo que para as mulheres – o mais extraordinário organismo da natureza! – Bacco reservasse favores exclusivos. É deles que vou me ocupar aqui.

As ações benévolas do vinho para a saúde só ocorrem se ele for bebido com moderação, regularmente, junto com as refeições e por quem não tenha contra-indicação ao uso de bebidas alcoólicas.

Os efeitos benéficos do vinho se devem um pouco ao baixo teor de álcool e muito aos Polifenóis e sua convivência harmônica com outros compostos. 60% dos Polifenóis vêm da semente da uva, 33% da casca, o resto da polpa, pedicelo e madeira. É por isso que, como regra, os vinhos tintos têm mais virtudes para a saúde que os vinhos brancos.

O adenocarcinoma de mama é o câncer que mais mata as mulheres. Ele tem uma relação direta com a ingestão de bebidas alcoólicas, isto é, quanto mais álcool uma mulher ingere maior a probabilidade de ela ter esta doença. Isto está bem documentado em uma metanálise de 53 estudos epidemiológicos, incluindo 584.515 mulheres com câncer de mama. Este trabalho foi feito com a colaboração de vários pesquisadores e publicada no British Journal of Cancer, em 2002. Inúmeros estudos (mais de 10 nos últimos anos) mostram que quando a bebida ingerida é o vinho, há uma proteção ao desenvolvimento deste tipo de câncer. Várias outras pesquisas mostram os mecanismos pelo qual se dá esta proteção: a ação protetora do Resveratrol sobre os receptores estrogênicos da mama; a inibição da alteração do DNA que gera as células cancerosas, bloqueio do crescimento e disseminação destas células e também porque alguns Polifenóis (como a Quercitina) aumentam a apoptose – morte programada – da célula cancerosa.

As mulheres que bebem vinho regularmente, moderadamente e junto às refeições têm 50% menos chance de desenvolver câncer de ovário. Isso foi o que constatou a Drª Penny Webbi da Austrália, estudando 696 mulheres com este tipo de neoplasia e mais 786 outras mulheres, sem a doença, num grupo controle. As mulheres que bebiam regularmente destilados e cerveja tinham tanto câncer de ovários quanto as abstêmias e as que bebiam vinho tinto tinham uma proteção um pouco maior do que as que tomavam vinho branco.

As mulheres que têm o hábito regular de beber vinho moderadamente com as refeições têm atenuadas as manifestações de climatério e menopausa, foi o que constatou o Dr. Calabrese da Itália. O climatério e a menopausa ocorrem quando o ovário entra em falência e diminui muito a produção de estrógeno – o hormônio feminino. O Resveratrol – um dos 200 Polifenóis do vinho – tem uma similaridade estrutural e funcional muito grande com o estrogênio. Por essa semelhança ele é reconhecido como um fito-estrógeno e age atenuando as manifestações do climatério e menopausa que afligem tantas mulheres no final da vida reprodutiva.

As mulheres que têm o hábito regular de tomar bebidas alcoólicas custam mais para engravidar. O Dr. Tolstrup e outros pesquisadores demonstraram uma relação direta entre o consumo de bebidas alcoólicas e infertilidade feminina. Mas a equipe do Dr Juhl, estudando 29.844 grávidas na Dinamarca, constatou esta relação apenas para as mulheres que consumiam cerveja e destilados e uma relação inversa para as mulheres que tomavam vinho. Outros estudos mostraram a mesma coisa: mulheres com hábito regular de beber vinho moderadamente com as refeições engravidam mais fácil que as abstêmias e bem mais rápido que as que tomam outros tipos de bebidas alcoólicas.

A osteoporose é uma condição clínica na qual o osso descalcifica e perde massa – fica poroso. Ela faz parte do processo natural do envelhecimento.

Conforme avançamos em idade o nosso esqueleto vai descalcificando e os nossos ossos ficando mais frágeis. A osteoporose ocorre, sobretudo, nas mulheres quando entram na menopausa. A menopausa e a perda de massa óssea ocorrem pela deficiência de estrogênio. Existe um estudo muito bonito feito na França, com 7.598 mulheres com mais de 75 anos de idade que mostrou que as que tinham o hábito regular de tomar até três taças de vinho por dia, junto com as refeições, ganhavam massa óssea, contrariando a História Natural do envelhecimento. Isso acontece porque alguns Polifenóis que existem em abundância no vinho estimulam os osteoblastos – células que formam osso – e inibem o osteoclastos – células que destroem o osso. E também porque o Resveratrol tem uma semelhança estrutural e funcional com o estrogênio – o hormônio feminino que, entre outras coisas, preserva a arquitetura óssea.

Outra dádiva do vinho para as mulheres é sobre a pele – o órgão que mais expõe as crueldades do envelhecimento. Os Polifenóis do vinho melhoram muito a consistência e a elasticidade da pele, isso porque eles inibem a colagenase e a elastase, duas enzimas que destroem o colágeno e a elastina, responsáveis pela consistência e elasticidade deste órgão do revestimento. Além disso, eles melhoram muito a hidratação e a microcirculação da pele, dando-lhe mais vida. Estes efeitos dos Polifenóis ocorrem tanto se eles forem aplicados direto sobre a pele quanto se ingeridos. E quando aplicados direto na pele e ingeridos, as ações se potencializam. Esse efeito sobre a pele é tão impressionante que hoje existem inúmeros tratamentos de beleza e cosméticos feitos a base de óleo de semente de uva e vinho.

O governo americano tem uma vigilância muito rígida sobre a saúde do seu povo através dos CDC (Centers for Disease Control). A Drª Ann Malarcher, uma pesquisadora deste órgão, veio a público em 2001 para chamar a atenção para o fato de mulheres jovens (entre 15 e 44 anos de idade) que tomam até duas doses de bebidas alcoólicas por dia têm 60% menos Derrame Cerebral do que as abstêmias. E quando esta bebida alcoólica é o vinho a probabilidade de desenvolver essa doença é menor ainda. Esses dados epidemiológicos são tão relevantes que hoje a própria Associação Americana do Derrame Cerebral (NSA – National Stroke Association) reconhece que as mulheres que tomam vinho regularmente e moderadamente com as refeições têm menor índice de Derrame Cerebral; e que as mulheres que já tiveram esse mal e passam beber vinho regularmente e moderadamente têm menos chance de ter um novo episódio da doença.

A ingestão regular e moderada de vinho diminui a circunferência abdominal tanto em homens como em mulheres – esta foi a conclusão da pesquisa desenvolvida ao longo de 10 anos pelo Dr. Vadstrup e colegas. Estes dados surpreendentes foram extraídos do “Estudo do Coração da Cidade de Copenhagen”. A população desta cidade está sendo observada há vários anos neste grande projeto de pesquisa. A medida da circunferência abdominal, como a medida da Pressão Arterial e do Colesterol sanguíneo, são um determinante de risco para ataques cardíacos e por isso objeto da observação. Quando os pesquisadores foram analisar o perímetro do abdômen no grupo de pacientes que tinha o hábito regular de tomar diferentes tipos de bebidas alcoólicas encontraram este instigante dado: os que bebiam vinho diminuíam a circunferência abdominal, ao contrário dos que tomavam cerveja e destilados. Outros estudos, como feito pelo Dr. Yoshikawa mostraram que alguns dos polifenóis, que existem em quantidade apreciável no vinho, destroem gorduras por inibição de enzimas metabolizadoras de gordura como a lipase pancreática, a lipase lipoprotéica e a glicerofosfatodesidrogenase.

É por isso tudo que eu penso que o vinho é um alimento que foi concebido pelos deuses para enaltecer a saúde, a beleza e o espírito da mulher.

Dicas de presente de Natal (para enoapaixonados)

15 dez

O Natal está chegando e nem sempre é muito fácil escolher o presente para nossos amigos. Principalmente se você tem um amigo ou parente que gosta muito de vinhos e conhece muito sobre eles, certo? Errado! Não é tão difícil agradar com vinhos, pois cada garrafa conta uma história, tem um “porquê” especial. Se você escolher um vinho de qualidade e que tem uma história envolvente, fica muito mais fácil de acertar.

Conheça alguns vinhos com histórias que rodam o mundo:

Casillero del Diablo – Don Melchor elaborou um vinho de reserva privada, para seu próprio consumo. Ele começou a perceber que as garrafas de sua tão exclusiva reserva “desapareciam”. Por isso, para proteger seus vinhos, espalhou boatos de que tinha um diabo dentro da adega em que ele guardava o vinho. A lenda percorreu o país e ele passou a ser conhecido como Casillero del Diablo – o guardião do Diabo.

http://www.vinhosweb.com.br/produto.php?Id=2085
Vídeo que mostra a lenda: http://www.youtube.com/watch?v=kO__Oqh2qG4

Pieza el Coll Aragon – É um vinho que tem um modo de fazer muito peculiar. Na Europa existe a denominação “vin de garage”. O que originou essa denominação são pessoas apaixonadas por vinhos que cultivam vinhas nas proximidades de suas casas, com um método de elaboração e colheita que não são automatizado. Para que ocorra a fermentação, é necessário que a parte interior do bago da uva entre em contato com o resto. Nos vins de garage, os grãos são esmagados um a um, de forma manual. Eles levam esse nome porque são feitos na garagem, de forma simples, como se fosse um vinho para consumo próprio. Por ser uma produção muito pequena, e serem livres de agrotóxicos, têm um cuidado especial para a elaboração, e como resultados temos vinhos de qualidade e surpreendentes.
http://www.vinhosweb.com.br/produto.php?Id=2273

Vinho Madeira – O nome deve-se à origem: é feito na Ilha da Madeira, em Portugal. Mas o vinho carrega muito mais história. O vinho da Ilha de Madeira era muito exportado para a Índia, e os portugueses o transportavam dentro das barricas e, com medo que o vinho sofresse alterações durante o tempo de viagem, fortificavam com álcool vínico. O local no navio que acomodava as barricas era o casco, pois tinha uma temperatura mais baixa que o restante do navio. Até chegar à Índia, a viagem era longa e o navio passava pelos trópicos, que são muito quentes. Ao passar por eles, suportar altas temperaturas e depois seguir viagem, o vinho sofria o que chamamos de estufagem. Chegava na Índia um vinho diferente do que aquele que saía de Portugal. As pessoas gostavam do resultado e os portugueses foram estudar o motivo pelo qual o vinho passava por essa mudança. Descobriram que era a estufagem que dava um gosto característico, um sabor até então desconhecido. E começaram a estufar os vinhos em Portugal, mesmo, e daí originou-se o vinho Madeira que não precisava viajar pelos trópicos para se tornarem tão característicos.
http://www.vinhosweb.com.br/produto.php?Id=2304

Incógnito – Na Europa não é comum ter vinhos varietais porque, em geral, a tradição é fazer cortes. Dentro da legislação portuguesa não era sequer permitido que fosse colocado no rótulo o nome da uva, pois era obrigatório ser um corte. Hans Kristian Jorgensen, um enólogo australiano pra lá de ousado, dirigia a Vinícola Cortes de Cima , localizada na Vidigueira, uma região extremamente quente de Portugal. Por causa das temperaturas, as uvas que se adaptam a climas quentes se adaptaram melhor, como é o caso da Syrah. A adaptação da casta ao clima gerou uvas de altíssima qualidade e, por consequência, um vinho também muito especial e 100% Syrah (varietal). O vinho ficou maravilhoso, mas ele não podia vendê-lo como Syrah porque a legislação não permitia a indicação da uva no rótulo. Foi aí que ele teve a ideia de não colocar o nome das uvas nem se era um corte, chamou-o apenas de “Incógnito” e no contra rótulo escreveu uma frase de Bob Dylan “Para viver fora da lei, você precisa ser honesto” e explicava que o vinho era 100% Syrah.
http://www.vinhosweb.com.br/produto.php?Id=2305

Ruca Malén – Diz a lenda que as mulheres mapuches caminhavam sem levantar a cabeça, por medo de enfrentar o olhar de um deus muito jovem e bonito. Um dia, uma delas, mais audaz apesar de temerosa, enfrentou o olhar do temido deus. Neste momento um relâmpago a atingiu e ela apaixonou-se perdidamente. O deus, comovido, levou-a consigo para o Norte, até este pico que chegava ao céu e de onde nascia uma forte luz: o Aconcágua.
Ele deveria partir. Mas, ofereceu à mulher uma moradia: Ruca Malén, “a casa da jovem”. E também, como um feitiço, ofereceu-lhe um néctar para que ela pudesse tomar e vivenciar de novo toda a alegria de seu olhar.”
http://www.vinhosweb.com.br/produto.php?Id=1459

Aproveite as dicas para dar presentear com história. Afinal, não bebemos apenas vinhos – bebemos emoções.

Para entender o terroir: Alentejo

6 out

Um tema que causa frequentes dúvidas nas pessoas, inclusive profissionais do vinho, é a verdadeira definição de terroir.

Alguns, resumidamente, defendem que se limita ao clima e o solo de uma determinada região.

Essa é uma versão um pouco limitada da real complexidade do terroir. A palavra é contrária à padronização e uniformização dos vinhos, e preza por tudo que é original e natural. O que o terroir expressa é, na verdade, as características de solo, clima e relevo de uma região. E um fato que muitas vezes é esquecido, mas é crucial na definição do terroir, é a intervenção humana, o “savoir-faire” (saber fazer).

Uma região muito interessante para falar, quando pensamos em tipicidade e clima, é o Alentejo, região sul de Portugal.

O Alentejo é uma região de Portugal muito seca, onde é difícil o cultivo da agricultura, sobressaindo-se a cultura videiras e sobreiros* (de onde vêm as rolhas de cortiça). Está entre as duas melhores regiões vinícolas de Portugal, junto com Douro. É uma região de planícies, e com muita diversidade tecnológica. No Alentejo, existem vinícolas que ainda elaboram vinhos com métodos tradicionais, como, por exemplo, o esmagamento da uva com os pés, e outras que são muito avançadas tecnologicamente.

OS VINHOS DO ALENTEJO

Em função do calor, os vinhos elaborados nessa região são muito alcoólicos, com forte presença aromática de frutas, muita estrutura e complexidade.

Quase 100% das uvas cultivadas na região são autóctones – oriundas de Portugal, e não de outras partes do mundo.

E é natural que estas particularidades da região resultem em vinhos igualmente interessantes.

HARMONIZAÇÃO

Nem sempre conseguimos fazer isso, mas é interessante harmonizar um prato de um país/região com um vinho da mesma origem.

Por isso, já que o tema é o Alentejo, uma ótima combinação para testar o paladar é o Arroz à Braga com um vinho alentejano, como o Paulo Laureano Premium Tinto 2008.

Essa harmonização segue as regras de peso e estrutura do prato e do vinho. E, claro, você pode testar esse prato com outros tipos de vinhos e descobrir que existem possibilidades infinitas quando se fala de harmonizar.

Sobre o Alentejo, dizia José Saramago

“Quando o viajante acordou e abriu a janela do quarto, o mundo estava criado. Era cedo, ainda vinha longe o sol. Nenhum lugar pode ser mais serenamente belo, nenhum o será com meios mais comuns, terra larga, árvores, silêncio.”

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*O Alentejo é o maior produtor mundial de cortiça, matéria-prima das rolhas. O sobreiro, a árvore que produz a cortiça, pode ser considerado uma metáfora do “tempo” e da “tradição” alentejanos: a cortiça envolve seu tronco por nove anos, lentamente, até formar uma grossa camada e poder ser extraída. Assim podemos dizer que é a vida alentejana: tudo se faz sem pressa. E isso se expressa na arte de produzir bons vinhos.

Novos projetos

1 set

Para falar sobre o Clube Vinogourmet, precisamos falar sobre a origem dele…

A VinhosWeb é uma loja virtual de vinhos que está no mercado desde 2007.
Nestes 4 anos, muitos projetos e ideias surgiram: começamos a dar cursos de harmonização, elaborar cartas de vinhos, fazer treinamento de equipes em restaurantes… Mas, dentre todos estes projetos, o Clube Vinogourmet foi, certamente, o que mais nos deixou ansiosos pelo lançamento, pois ele une o conhecimento didático de nossa equipe de enólogos e sommeliers, e o mote principal da VinhosWeb, que é a harmonização com o objetivo de extrair o melhor de cada vinho e de cada alimento.

Como protagonista deste blog, Patrícia Possamai, a enóloga e sommelière da VinhosWeb, vai trazer novidades, comentários, opiniões e o que acontece no mundo vinogourmet.

Saindo do forno, um blog com o tempero certo!